Una Charla com ROSAURA SOLIGO

 



17 DE SETEMBRO
HORÁRIO: 10h às 12h30


Rosaura Soligo

apresenta

 Quem forma quem? – Instituição dos sujeitos

A experiência da escrita no espaço virtual – a voz, a vez, uma conquista talvez


Mestrado e Doutorado em Educação pela 

Universidade de Campinas - UNICAMP

Orientador: Dr. Guilherme do Val Toledo Prado



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Quem é Rosaura Soligo:




Formada em Psicologia e Pedagogia, mestre e doutora pela Faculdade de Educação da UNICAMP, pesquisadora do GEPEC - Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Continuada, na mesma universidade. É diretora geral da Abaporu Assessoria em Educação, parceira de várias instituições educativas no Brasil. Possui experiência com alfabetização inicial, ensino de Língua Portuguesa, formação inicial e continuada, planejamento, gestão, reorientação curricular, elaboração de projetos, assessoria pedagógica, documentação da prática profissional, produção de material didático e vídeos educativos. É autora de livros, publicações institucionais e outros textos na área da educação. Integra a BIOgraph - Associação Brasileira de Pesquisa (Auto)Biográfica. Incentiva pessoas a escrever e coordena alguns projetos com essa finalidade.

CONHEÇA A EXPERIÊNCIA DA PESQUISADORA NA UNICAMP

Para ler antes ou depois do encontro:


Resumo da dissertação: Quem forma quem? – Instituição dos sujeitos

A questão central da pesquisa é a formação pessoal e profissional e o tema de investigação é a relação instituições-sujeitos, mais especificamente a relação entre instituições/organizações educativas e profissionais que nelas trabalham. Com o propósito de compreender como se dá essa relação, as mútuas influências que ocorrem e que tipo de profissional tem ações instituintes no ambiente de trabalho, foram tomados como instrumentos de produção de dados 32 memoriais de sujeitos principalmente da área da educação, que narram suas experiências mais significativas em uma ou mais instituições em que atuam ou atuaram. Os dados indicaram que os contextos de trabalho e a cultura que neles predomina, ao mesmo tempo em que são formativos, são também instituídos pelos sujeitos, ainda mais quando estes são militantes na profissão, característica do grupo de autores dos memoriais analisados. Foram dois os conceitos sistematizados ao longo da pesquisa a partir dos dados empíricos e das contribuições teóricas: formação e militância na profissão. Formação, entendida de um ponto de vista amplo, como o conjunto de experiências formativas ao longo da vida, ou seja, todas as experiências que produziram aprendizagens. Militância na profissão, definida como um tipo de atuação própria das pessoas que não poupam tempo e esforços para desenvolver um trabalho de qualidade, que não se satisfazem com nada que não seja “o seu melhor”, que em geral desempenham um papel instituinte não só no âmbito de sua atuação específica, mas na instituição como um todo. A resposta da pesquisa para a pergunta-título “Quem forma quem?” é de que, a rigor, ninguém forma ninguém: o sujeito se forma a partir das oportunidades que tem, aquelas que se convertem em experiências de aprendizagem de fato, a partir de sua história anterior, do que valoriza e deseja, das relações que estabelece com o outro. Ao final, como resultado das lições aprendidas, são apresentadas algumas recomendações aos responsáveis pela elaboração e implementação de políticas de educação e de formação, propósito colocado desde o início do trabalho. Também por essa razão, o registro da pesquisa é feito na forma de correspondências endereçadas a esses profissionais.

Resumo da tese: A experiência da escrita no espaço virtual – a voz, a vez, uma conquista talvez

Tendo como tema a experiência de escrita no espaço virtual, a pesquisa buscou responder à questão “Em que circunstâncias, de que modo e por quais razões a comunicação escrita que acontece no espaço virtual se constitui em experiência formativa para quem dela participa?”. Os pressupostos centrais que orientaram o processo de construção da pesquisa foram estes: as relações humanas são dialógicas e constituídas pela ação de sujeitos que produzem história, cultura e realidades, sendo também por elas produzidos; a formação humana é o conjunto de experiências de aprendizagem ao longo da vida; é preciso adentrar a pesquisa com todos os nossos sentidos, nutrir-se em todas as fontes, considerar o conhecimento legitimado um guia e não uma doutrina, narrar o vivido e pluralizar os modos de produzir ciência. A abordagem metodológica se caracteriza pelo que foi chamado de pesquisa narrativa em três dimensões, por articular intencionalmente as fontes narrativas de dados, um modo narrativo de produzir conhecimento e o registro narrativo da pesquisa. Nessa abordagem, os dados foram produzidos a partir de depoimentos escritos por 24 sujeitos, mas também do registro reflexivo produzido pela pesquisadora desde o início do percurso. Além dessa peculiaridade da pesquisa, há outras: o grupo de sujeitos foi considerado um grupo de colaboradores e também a pesquisadora e o orientador fizeram parte dele; os autores tomados primeiramente como referência teórica foram, sempre que possível, os próprios sujeitos de pesquisa; o saber da experiência teve igual relevância que o conhecimento legitimado pelos processos de produção acadêmica; o registro da tese foi um memorial de pesquisa em forma de cartas, cujos destinatários diretos são os leitores; embora o texto seja predominantemente narrativo, ele é híbrido, já que comporta trechos em formas textuais não narrativas, sempre que foram consideradas mais adequadas aos propósitos; e o estilo da linguagem é resultado de um esforço de “literaturização” do registro. As análises evidenciaram que a comunicação por escrito online é formativa para quem dela participa sempre que se constitui em uma experiência de fato, por responder a algum tipo de necessidade pessoal que se tenha: conhecer e conversar com pessoas, viver outras experiências que o cotidiano fora da tela não garante, experimentar os efeitos de uma vida inventada, testar o reconhecimento e a aceitação pessoal, dialogar sobre o que é de interesse, ampliar o conhecimento e o universo cultural, integrar comunidades de semelhantes, fortalecer horizontalmente a identidade, protagonizar movimentos, alienar-se um pouco da dura realidade ou simplesmente “jogar conversa fora”. Os modos de aprender, de assumir a vez e mostrar a voz nos dispositivos de comunicação online são outros, diferentes dos demais, à medida que passam invariavelmente pela linguagem escrita. Todos os sentidos e efeitos pretendidos passam e se fazem pela palavra escrita, fato histórico novo nos processos de interlocução direta. Com a possibilidade de ocupação do espaço virtual, muitas pessoas até então sem-vez superaram essa sua condição e vozes até então caladas ou silenciadas podem agora se manifestar de diferentes formas. Mas se essa circunstância representará de fato uma conquista para todas as pessoas, ainda não é possível saber.

Para acessar as pesquisas na íntegra e outros materiais:

Página de publicações online:

https://rosaurasoligositeoficial.wordpress.com/textos-online/ 

(nessa página há publicações de artigos e de outros textos)


MATERIAIS QUE A ROSAURA COMPARTILHOU APÓS O ENCONTRO:




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