Una Charla: A APRENDIZAGEM DA ORTOGRAFIA SOB O VIÉS DAS PRÁTICAS INTERATIVAS

 




13 DE FEVEREIRO
HORÁRIO: 9h às 12h


Elaine Vidal

apresenta

A aprendizagem da ortografia sob o viés das práticas interativas

Tese de doutorado apresentada à Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo / Brasil

 Orientadora: Profa. Dra. Silvia de Mattos Gasparian Colello


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Quem é Elaine Vidal:

Mestre e Doutoranda em Linguagem, Psicologia e Educação pela Faculdade de Educação da USP. Especialista em Alfabetização pelo ISE Vera Cruz/SP. Especialista em Ética, valores e cidadania na escola pela Univesp. Graduada em Letras pela USP e em Pedagogia pela Universidade Metodista de SP. Já atuou como professora em todos os níveis da Educação Básica, e também como coordenadora pedagógica, nas redes pública e privada. Atualmente, é professora da Universidade São Judas Tadeu e compõe o Núcleo de Conteúdo e Formação da Saber-Educação, responsável pelas editoras Ática, Saraiva e Scipione para rede pública.


Para ler antes ou depois do encontro:

RESUMO:

VIDAL, E. C. R. G. A aprendizagem da ortografia sob o viés das práticas interativas. 2021. 239f. Tese (doutorado) – Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, 2020.

Considerando que a aprendizagem da língua escrita, para além da reflexão discursiva, depende da elaboração de aspectos notacionais, e que a interação em sala de aula afeta esse processo, esta pesquisa teve como objeto a aprendizagem da ortografia, contemplando a progressão dessa aquisição em dois eixos de abordagem: a interação da criança com o adulto e a interação entre pares de alunos. Valendo-se do referencial teórico dos estudos psicogenéticos e histórico-culturais (a concepção das crianças como sujeitos ativos e protagonistas da aprendizagem; a língua como prática social; e a aprendizagem como construção do indivíduo na relação com as experiências vividas), esta investigação assumiu o objetivo de analisar o modo como a aprendizagem da ortografia se constitui e como, em diferentes momentos, as práticas interativas podem gerar possibilidades de reflexão. Para tanto, o estudo de caso longitudinal, feito com alunos de uma escola privada em Santos/SP, contemplou cinco etapas entre o 2º e o 4º ano do Ensino Fundamental, período em que a aprendizagem da escrita convencional passa a ser um dos principais focos de reflexão dos alunos. A coleta de dados foi realizada com base na escrita de ditados de palavras e nas reescritas de textos, considerando-se tanto o processo como o produto dessas atividades. Os dados demonstraram que as crianças progridem no desempenho ortográfico conforme avançam na escolaridade, apropriando-se das regularidades diretas, regularidades contextuais e irregularidades da escrita – geralmente nessa ordem. Na interação com o adulto, a análise das referências usadas para a correção da escrita revelou quatro categorias: a escrita justificada pela pauta sonora, a validação da ortografia com base em alguém mais experiente (um “interlocutor autorizado”), o apoio na imagem visual da palavra e a evocação da norma ortográfica. Já nas interações entre as crianças, verificaram-se diferentes graus de reflexão pautados por situações de conflitos, situações de centralização dos encaminhamentos por um aluno e situações de acordos pautados em critérios linguísticos ou em acordos sociais. A comparação entre os tipos de produção revelou que os alunos obtiveram melhores resultados ortográficos nos ditados de palavras do que nas reescritas de textos. A partir da compreensão sobre a aprendizagem da ortografia e sobre o potencial das situações interativas nesse processo, foi possível vislumbrar implicações pedagógicas que sugerem a revisão de práticas de ensino.

Palavras-chave: Ortografia. Práticas interativas. Língua Escrita. Processos de aprendizagem.

 


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