Una Charla com Érica de Faria Dutra

 



25 de junho
HORÁRIO: 10h às 12h30

Érica de Faria Dutra

apresenta

 A revisão textual nos anos iniciais da escolaridade: percursos e procedimentos

Mestrado em Educação pela 

Universidade de São Paulo - USP

Orientadora: Dra. Silvia de Mattos Gasparian Colello

 

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Quem é Érica de Faria:

Mestre em Educação pela Universidade de São Paulo, tem um artigo publicado intitulado "A revisão de textos nos livros didáticos: em busca de sentido" no livro "Textos em contextos. Reflexões sobre o ensino da língua escrita". Trabalhou como coordenadora da equipe de Língua Portuguesa pelo Centro de Formação do município de São Caetano do Sul e como assessora da SME-SP. Atualmente é professora do curso de Pedagogia e de Pós-Graduação em Literatura pelo Instituto Vera Cruz, é gestora pedagógica do programa Taba na Escola, formadora de professores e equipes gestora e educacional pelo Instituto Avisa Lá e Comunidade Educativa CEDAC.


Para ler antes ou depois do encontro:

RESUMO:

Escrever um texto com sentido, garantindo a compreensão para um destinatário e atendendo a um dado propósito não é tarefa simples, principalmente quando quem escreve são crianças recém-alfabéticas. Revisar o texto, nesta perspectiva, contribui significativamente para uma produção mais ajustada à interlocução posta pela escrita. Por isso, a revisão é uma prática que torna possível a reflexão sobre muitos aspectos da língua escrita, podendo ser vista como um conteúdo essencial para apropriação das habilidades textuais. Os pressupostos que embasam este trabalho estão apoiados na concepção de ensino e aprendizagem sócio-histórica que ressalta a importância da interação e a complexidade do processo redacional. De fato, além da constituição da situação interlocutiva, a escrita pressupõe a familiaridade com o gênero e as possibilidades de planejar, textualizar, revisar e até editar, quando for o caso. Partimos da concepção bakhtiniana de linguagem, que considera a escrita como processo dialógico, e do ensino da escrita centrado nas práticas interlocutivas entre sujeitos ativos e responsivos. A partir deste referencial, pretendemos estudar a prática de revisão como fonte inesgotável de reflexões e aprendizagens. Nosso objetivo é investigar as principais tendências de revisão em crianças do primeiro e segundo ano do Ensino Fundamental, em um intervalo de sete meses, comparando versões feitas individualmente e em duplas. Interessa-nos também analisar os recursos utilizados nas alterações feitas nos textos. Para tanto, foi proposto a alunos de uma escola, situada em São Paulo, a reescrita do conto Diamantes e sapos e a revisão desta produção em dois momentos distintos. Com base nos 54 textos que compõem o corpus da presente pesquisa (18 de reescrita e 36 de revisão), pudemos situar dois relevantes eixos de análise, o discursivo e o notacional, a partir dos quais cinco critérios apareceram como ocorrências significativas: enredo, linguagem, pontuação, segmentação de palavras e ortografia. Os dados coletados permitem constatar que, mesmo sem ter conhecimentos sistemáticos sobre os aspectos revisados, as crianças foram capazes de variadas reflexões acerca da língua, o que nos permite repensar os paradigmas do tradicional cenário pedagógico: mais do que corrigir a ortografia e aprimorar a legibilidade do texto, as crianças recém-alfabéticas são também capazes de lidar com aspectos da linguagem, procedimento este que normalmente é considerado viável apenas a escritores mais experientes. Além disso, a pesquisa evidencia que a própria prática de revisar proporciona a construção de saberes que se processam ao longo da sistemática participação em situações nas quais os alunos são estimulados a aprimorar sua produção textual. Os resultados, entretanto, não são imediatos; as conquistas colhidas nas práticas de revisão são tributárias de um percurso que, para além dos ganhos pontuais (a revisão em cada texto), justificam a longo prazo o desenvolvimento da aprendizagem da língua escrita.

Para acessar a pesquisa na íntegra CLIQUE AQUI



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