17 de JUNHO
10 às 12h30
Aline Nascimento
apresenta
A ordem das letras na produção escrita: o que dizem crianças em processo de alfabetização
MESTRADO
realizado na
Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia
Fez Magistério, Pedagogia, Especialização em Política do Planejamento Pedagógico, Educação especial na perspectiva inclusiva, Mestrado em Educação - pesquisadora no campo da alfabetização pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Atualmente é professora da educação básica da rede municipal de Salvador.
Sempre inquieta para entender mais sobre como as crianças aprendem a ler e escrever em situações que façam sentido para elas. Atua como formadora de professores, coordenadores e diretores escolares desde 2007 pelo Instituto Chapada de Educação e Pesquisa (ICEP), e na produção de material. Prestou serviços educacionais à UNESCO, Fundação Telefônica Vivo, ARUANÃ, AFETO, SESI, e tem publicações nas revistas Práxis Educacional (UESB) e Diamantina Presença (UNEB).
Para ler antes ou depois do encontro:
RESUMO:
A presente pesquisa exploratória, de natureza psicogenética, se propôs a analisar compreensivamente as conceitualizações das crianças brasileiras que já fonetizam a escrita, diante do desafio de decidir em que ordem devem ficar as letras na produção escrita. As crianças participantes tinham 6 e 7 anos de idade e estavam cursando o 1º ano do Ensino Fundamental. A investigação se deu em uma escola pública do município de Itaberaba, interior da Bahia, e a amostra contou com 11 crianças, nos níveis de conceitualização silábico e silábico-alfabético. Realizou-se diagnóstico inicial para identificação dos níveis de escrita das crianças e a partir disso foram propostas três tarefas, individualmente, em dois dias consecutivos: produção da primeira versão de uma lista de sete nomes de animais, produção da segunda versão da mesma lista e revisão das escritas. As palavras da lista foram selecionadas tendo em vista contemplar uma variedade de estruturas silábicas ‒ contando com CV, CVC, CVV, V, VC, para análise sobre como as crianças representavam cada uma delas nas suas produções escritas ‒ e relações com as particularidades do português brasileiro. Nessa direção, os procedimentos de pesquisa possibilitaram a produção de dados sobre as reflexões realizadas pelas crianças e decisões tomadas sobre a ordem das letras nas palavras. Os resultados destacaram a potência dos momentos de escrita por si só pelas crianças e o quanto a revisão das próprias escritas potencializa a reflexão sobre quantas, quais e em que ordem colocar as letras na sua produção escrita. Os resultados também evidenciaram que as questões de ordem enfrentadas pelas crianças na sua produção escrita são movidas pelas conceitualizações, que são internas, e também por particularidades relacionadas às características do português brasileiro ‒ no caso desta investigação, a língua materna. Durante todo o percurso da pesquisa procurou-se considerar as ideias das crianças, como uma decisão política de oportunizar o direito de elas serem escutadas e compreendidas.
Palavras-chave: alfabetização; níveis de escrita; ordem das letras.
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